LABIRINTO: BALANÇO DA VIDA
(1973)

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    Mestre Hindu Maha Hrishna Swami
    Datilografado

    © Maha Hrishna Swami

    LABIRINTO – BALANÇO DA VIDA
    (AUTO-LIBERTAÇÃO DO TEATRO)

    Toda obra de ARTE é filha do seu tempo.

    Cada época de uma civilização cria uma expressão que lhe é própria, que jamais poderá repetir-se. Tentar se repetir os princípios das civilizações do passado só pode conduzir a uma limitação sem sentidos. Além do mais, não é possível viver e sentir como o fizeram os nossos ancestrais no domínio da arte cênica, só conseguiríamos criar dramas já nascidos, amanhecidos e mortos. A obra cênica assim produzida carecerá sempre de essência INTERIOR.

    A obra de arte LABIRINTO – BALANÇO DA VIDA filha íntima de Flávio Império e Walmor Chagas, não está nessa categoria: é filha desta época: da época eterna e presente.

    Flávio Império extrai desta nossa existência impressões que traduz um movimento espiritual. Ele se inspira em seu próprio sentir interior livremente a grande rasgos; inspirações do interior do seu SER. Submerge tão decididamente no conteúdo interior, que é possível encontrar em sua obra LABIRINTO – BALANÇO DA VIDA o radiar da semi-plenitude do AMOR ATERNO, que esta nascendo nesta época de densa treva espiritual, vibrante de paixões e tremores nervosos.

    Nas imagens cósmicas, Flávio não se prende nem se limita. Eus a característica de sua obra. Sua tarefa é utilizar-se desses meios eternos e conhecê-los cada vez mais, com fins puramente evolutivos.

    Percebemos que cada parte da peça possui uma força própria, mas, em essência todas se unificam. LABIRINTO – BALANÇO DA VIDA é um exemplo para os que procuram chegar à UNIDADE. Dessa UNIDADE nascerá um dia a Arte, que desde agora podemos pressentir no interior de nosso “SER”; a verdadeira ARTE. Eis gente do teatro e da Arte em geral: o caminho a tomar é este, a única saída para as artes: submergir no mais profundo do nosso ser e tentar encontrar os tesouros latentes que nos levarão arte UNIVERSAL.

    A atuação de WALMOR CHAGAS não está separada em nenhum momento da peça. Ele interpreta mais próximo da pureza real das cores. Age mais intimamente nas suas substâncias do que no tema. É a beleza proporcionada pela fixação do colorido de certa fluidez etérica. É um artista dotado de uma interpretação psíquica-espiritual incomum; penetra no mundo etéreo-astral da peça e leva o espectador a sentir e captar as nuances fascinantes que parecem refletir a essência de invisível LUZ.

    A ciência sabe que a cor é produto dos chamados salto aletrônicos, nas orbitas inter-etéricas. WALMOR e FLÁVIO além de artistas são altamente sutis e conseguem trazer ao palco a ante-matéria.

    Sua criação em TEATRORAMA projeta refulgência do “Éter Cósmico” o qual, entretanto, em relação com a própria irradiação espiritual dos espectadores estabalecem correntes magnéticas de afinidades entre as cores irradiantes e o psiquismo humano.

    MAHA HRISHNA SWAMI

    LABIRINTO: BALANÇO DA VIDA
    (1973)