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ESCOLA DE ARTE DRAMÁTICA DE SÃO PAULO (1963-1966)

A Escola de Arte Dramática de São Paulo (EAD), primeira escola moderna de teatro no país, foi fundada em 1948 por Alfredo Mesquita e por ele dirigida e mantida ao longo de 20 anos (em 1969 foi incorporada à USP). Desde 1963 até 1966, o Curso de Cenografia da escola, estruturado por Carlos Sobriño em 1962, seria supervisionado por Flávio Império. Assim como nos demais cursos da escola - marcados por uma estrita disciplina que fomentava uma prática auxiliada por estudos teóricos - os alunos de cenografia recebiam sólida formação: aulas de estética teatral, história da arte, e história do teatro. A ênfase, contudo, era no fazer, com aulas práticas ministradas por Flávio Império em que se executavam os cenários das montagens dos alunos do curso de interpretação. Em 1963, a escola produziu o espetáculo Os construtores de Império ou o Schmurz, de Boris Vian, com direção de Alfredo Mesquita e cenário de Flávio Império, peça que estreou no pátio interno do Liceu de Artes e Ofícios (atual Pinacoteca do Estado de São Paulo), então sede da EAD. Em 1965, ocorreu a VIII Bienal de Artes de São Paulo, que apresentou traços de ruptura e renovação em relação a alguns dos suportes tradicionais na arte e abrigou ainda a V Bienal das Artes Plásticas do Teatro. Neste contexto, os alunos da EAD expuseram, na mostra paralela de teatro, alguns de seus exercícios didáticos. Um desses trabalhos, sobre a peça Um sonho americano, de Edward Albbe, causou grande polêmica, noticiada por Sérgio Porto, na coluna de Stanislaw Ponte Preta (seu pseudônimo) em dois artigos no jornal Última Hora. No final de 1966, Flávio Império afastou-se da EAD para em 1967 assumir a direção artística do Teatro da Universidade de São Paulo (Tusp), estabelecendo, junto com André Gouveia, novos parâmetros de produção teatral para aquele grupo.

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